Em edição de janeiro da revista Arquitetura & Construção aborda o uso da criatividade na busca de novas aplicações para os tijolos, seja para fins de acústica, estrutura ou revestimento.
Com a finalidade acústica, foi apontando a utilização do tijolo de 21 furos, da linha Brick 21 da Obi, utilizada pelo arquiteto Leo Maia como revestimento, uma vez que ele "precisava de um sistema eficiente para barrar o som no espaço. Por isso, sobre a parede tradicional foi fixado lã de rocha e, por cima, os tijolos", conta. Já os arquitetos Jonas Lourenço e Giovanni Lyra tiraram partido da arquitetura vernacular para criarem textures em projeto para a Cor Paraíba 2016. Parte da parede recebeu tijolos maciços dispostos de dois em dois entrelaçados. No centro, modelos de oito furos pintados com tinta PVA látex azul.
O revestimento com uso de placas cerâmicas foi destaque em matéria, apontando as inúmeras composições entre as peças para formar desenhos na superfície, explorando os padrões mais comuns, a exemplo de:
- Espelho: onde as unidades são enfileiradas com a face mais comprida da peça visível. As juntas entre uma e outra fileira são desencontradas;
- A meia vez: onde a face mais estreita do tijolo compõe a parte aparente da fileira. Outra alternativa é usar apenas metade da peça;
- Inglês: onde uma fileira é feita com a face mais comprida e a seguinte com a mais estreita ou com meio tijolo, e assim sucessivamente.
Com relação aos tipos de junta, para a feição final da parede, depende da forma como se faz o arremate entre as peças, que pode ser de três formas:
- Seca: quando a argamassa não fica visível. A junto só funciona para unir peças, com espaçamento a partir de 1mm entre elas;
- Frisada: quando a argamassa entre os tijolos é retirada parcialmente, formando sulcos entre as unidades, lembrando um trabalho artesanal;
- Cheia: opção que confere um acabamento mais homogêneo e uniforme, pois a argamassa fica nivelada com os tijolos.